A palavra humildade, vem de "húmus", que quer dizer "o solo sobre nós". Ou seja, ninguém está acima do outro! Todos estamos sob uma mesma base.A filosofia cristã, compreende que aquele quiser ser o maior, que seja o menor (Lc 22:26). Fomos chamados para servir e servir em amor.
Hoje, o falso ensino do "evangelho humanista" tem feito homens pensarem que seus próprios esforços são a causa do seu sucesso espiritual ao ponto de darem e tirarem lugar no céu aqueles que ainda estão em um processo em suas vidas espirituais. Puro engano!
Se alguém consegue sobreviver as tentações, ou se consegue ter algum reconhecimento pelo seu trabalho, ou talento específico, se consegue se manter "firme" em seguir os preceitos cristãos, não é porque é melhor do que os outros, mas porque a graça de Deus se manifestou de forma abundante e os segurou na prática do bem e da justiça.
Não quero dizer com isto, que não devamos aborrecer ao pecado, mas que devamos suportar a fraqueza dos fracos em amor. Orando, ajudando ao caído, estendendo a mão ao ferido de alma. Porque muitos, andam pregando um evangelho de "super-cristãos", exaltando homens e seus "dons". Que, tão somente fomenta, a falsa aparência de piedade. Onde muitos demonstram um patamar de superioridade espiritual em detrimento de outros, ocultando suas debilidades por medo do juízo dos que compactuam deste mesmo pensamento, antropocêntrico.
Esta doutrina, da divindade humana, defendida Benny Hinn, Kenth Hagin e reafirmada por alguns difusores da doutrina triunfalista, tem sido disseminada em larga escala, em nossos púlpitos.
Hagin diz que : “Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi. Cada homem que nasceu de Deus é uma encarnação e o Cristianismo é um milagre. O crente é uma encarnação tanto quanto o foi Jesus de Nazaré” (Kenneth Hagin, Word of Faith, dezembro de 1980, p. 14).
Então nesse entendimento, homens acham que podem fazer e obrar milagres tal qual Cristo e se colocam em um patamar de superioridade espiritual, esbanjando soberba por onde passam, condenando até mesmo gerações.
Já dizia o apóstolo Paulo: "Por que Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas". (Rm 11: 36). Se alguém tem um dom específico, que seja para glorificar a Deus e não para se achar no direito de julgar e condenar os outros. Se alguém ora muito, que seja para abençoar os que estão fragilizados e interceder pelos necessitados. Se alguém ensina, que seja para edificar os que tem falta de conhecimento. Se alguém prega e faz caridade que seja para o engrandecimento do Reino de Deus e não do seu próprio nome.
As vezes Deus permite que alguns venham a cair, para dar uma lição. E muitos condenam e julgam a queda de um irmão, por não entenderem a pedagogia do Senhor. Deus assim o faz, para que o homem reconheça que sem a graça de Dele nada tem sentido, para que o homem reconheça a sua total dependência no Senhor, pois nossa capacidade vem Dele (2 Co3:5) e nada é nosso se assim o Senhor não nos conceder. Fomos chamados para abençoar e não para condenar. Fomos chamados para restaurar e não para abater.
Deixo esta reflexão, para que possamos compreender que sem a graça de Deus nada somos e nada podemos fazer.
Em Cristo Jesus,
Alves Angélica
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