O mecanismo religioso atual, praticado pela maioria das igrejas cristãs tem nos afastado do verdadeiro Deus Eterno , cheio de graça e misericórdia, pois apresenta uma falsa pregação de um “deus” que se relaciona com o homem por causa dos méritos e o deméritos humanos. O que precisamos entender é que tudo que recebemos da parte de D’Ele não é por nossa causa, ou por nossas obras, não vem de nós, mas ao contrário é advindo da graça de D’Ele (Ef 2:8ss).
Na moderna pregação, a cruz do calvário tem sido trocada pelo ensinamento de uma “barganha barata”, como se o Deus que servimos se vendesse. Esse falso ensino prega que o que recebemos de Deus é advindo conforme os “nossos sacrifícios”. Essa falsa compreensão do evangelho tem feito com que muitos líderes eclesiásticos, se aproveitem da ignorância de seus fieis para extorquir seus bens materiais e escravizá-los nesse sistema corrompido, como se fosse um novo “sistema de indulgências”. Assim sendo, o entendimento da maioria dos que se dizem “evangélicos” é de que Deus só abençoa conforme contribuímos ($) com “sua obra”.
Interessante notar que, esse tipo de entendimento não condiz com a mensagem da Palavra de Deus, pois desde o Antigo Testamento vemos um Deus cheio de amor que objetiva reconciliar o homem consigo, não pelo mérito humano, mas sim por Sua soberania e graça. Desde o princípio, com a queda do homem, Deus tem dado favor imerecido à humanidade, passando pelo plano redentor de escolher uma nação santa na missão centrípeta de Israel (onde todas as nações convergiriam para Israel e conheceriam o único Deus que salva, o Elohim), chegando até a completude da nova aliança com Jesus.
Se nos voltarmos para o Antigo Testamento vemos Deus declarando o seu caráter gracioso, como, por exemplo, no texto de Jeremias 31:3, quando o Eterno fala : “Com amor eterno te amei e com misericórdia te atrai”. Como também, no novo testamento, onde vemos vários exemplos da graça de Deus, principalmente nos Evangelhos quando Jesus cumpre o seu propósito de nos reconciliar Consigo através do Seu sacrifício na cruz do calvário.
A nossa experiência religiosa não deve estar pautada em ensinamentos de cunho humano, mas deve estar atrelada à cruz, que é o nosso elo de ligação com o Pai. Não há nada que podemos ofertar para que Deus nos ame mais, ou faça mais por nós; mas também, não há nada que possamos fazer para que Ele nos ame menos ou nos rejeite. Não podemos nos distanciar da cruz e de sua mensagem. Estejamos em alerta para não sermos levados por esses falsos ensinos que, não somente nos distanciam da verdade, mas também do amor do nosso Pai Celestial.
Em Cristo,
Irmã Angélica
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